quarta-feira, agosto 30, 2006

Maracatu Arrasa Quarteirão

Vodu É Pra Jacu em sessão extraordinária arrasa-quarteirão. Preparem-se para momentos de falta de fôlego pois o assunto agora é Nação Zumbi. É até lugar-comum falar o que tanta gente fala e tanta gente sabe: é a melhor banda do Brasil. E uma banda desse nível merece passar por bons momentos como ter a chance de tocar no melhor programa de tv do mundo.

O Late with Jools Holland é um programa de televisão inglês que tem uma fórmula simples: quatro bandas diferentes tocam no mesma edição. Fica uma em cada lado do estúdio e tocam uma música por vez, totalizando duas músicas de cada atração por programa. Qualquer nome que você pensar provavelmente já tocou lá, de Paul McCartney a Sonic Youth. E eis que uns brasileiros sem cara de rockstar acabam parando nesse trem.

O apresentador, que não se preocupou em tentar aprender como se fala o nome da banda, anuncia: “vamos pruma energia diferente, sejam bem vindos “nassum zombie””. Os aplausos são bem tímidos. A banda começa a mandar a música Meu Maracatu Pesa Uma Tonelada e os gringos só podem estar pensando: “caralho, que som maluco é esse” A Nação Zumbi praticamente quebra tudo como se estivesse num show daqueles de casa lotada e os aplausos do final já são outros: bem mais empolgados, com uma série de “u-hus”. Sente o drama, dá vontade de chorar...

Nação Zumbi – Meu Maracatu Pesa Uma Tonelada (ao vivo no Jools Holland)

Quando a Nação Zumbi volta para a segunda música, já muda o jeito do apresentador anunciar: “com vocês, a maravilhosa “nassum zombie”. Aí a banda já entra com jogo ganho e substitui o peso da música anterior pelo rap-maracatu-psicodélico de Propaganda. A Nação mostra mais uma vez que está pra lá de inspirada e agora, passado um pouco do nervosismo inicial, tem lampejos até de Hendrix, que parece ter explicado pessoalmente pro Lúcio Maia como se tira um timbre de guitarra. Lá vai...

Nação Zumbi – Propaganda (ao vivo no Jools Holland)

terça-feira, agosto 22, 2006

Móóóó viaaaaagem....

Do metal do Slayer no post anterior, o Vodu É Pra Jacu baixa completamente a quantidade batidas por minuto e vai para o trip hop.

Você gosta de trip hop? Acha o Portishead muito louco? Então, caso não conheça, eis que chega a hora de mergulhar na viagem do Elysian Fields. Grupo dos EUA que tem como figura principal a vocalista Jennifer Charles, gravou três discos sensacionais entre 1996 e 2004. Ás vezes utilizando da formação convencional de uma banda de rock, às vezes com uma base só de piano e em outras com programações eletrônicas, o Elysian Fields é especialista em criar climas soturnos com suas músicas. Muitas vezes o grupo foi até criticado por soar depressivo demais. De qualquer forma, vale muito ir atrás dos 3 álbuns da banda: Bleed Your Cedar, Queen Of The Meadow e Dreams That Breth Your Name. Confira aqui no Vodu É Pra Jacu o ótimo clipe da música Jack In The Box. Se te interessar, procure os outros vídeos do grupo no You Tube. Lá vai então...

Elysian Fields – Jack In The Box

E do Elysian Fields começa uma outra história. O trabalho da vocalista no grupo fez com que ela fosse convidada por Mike Patton pra cantar no projeto dele também de trip hop, o Lovage. Projeto esse que lançou um único disco só que em duas versões, uma “normal” e uma sem as vozes, ou seja, só as bases. O Lovage contou apenas com três integrantes: Mike Patton, Jennifer Charles e o produtor Dan Nakamura (responsável pelas bases do álbum de estréia do Gorillaz). O disco do Lovage leva o nome de “Music To Make Love To Your Old Lady By”, algo como “música pra fazer amor com sua dama”. A idéia foi essa mesma: fazer um álbum temático, abordando sempre a relação de um casal de um modo bem sexual e canastrão, com letras hilárias. Esse álbum do Lovage chegou até a ser lançado no Brasil, mas passou meio desapercebido. Confira aqui um clipe desse projeto e vá atrás do disco que é muito bom.

Lovage – Book Of The Month

E desta vez tem bônus track no Vodu É Pra Jacu. De lambuja, de mão beijada, mais um clipe do Lovage.

Lovage – Stroker Ace



quarta-feira, agosto 16, 2006

Metal e Hardcore

Se existe uma banda de metal que tem um espírito verdadeiramente hardcore, essa banda é o Slayer. Em homenagem à banda, o Vodu É Pra Jacu trata, nesta atualização, de Slayer e de hardcore. O Vodu É Pra Jacu já está no clima pro show do Slayer. Depois de lançar recentemente o ótimo disco Christ Illusion, a banda se prepara pra fazer no começo de setembro alguns shows no Brasil. E a dica é a página da banda no My Space, em que dá pra ouvir alguns sons e baixar alguns também.


www.myspace.com/slayer


Enquanto isso, o hardcore, aquele, de verdade, que bandas como o Black Flag e Minor Threat faziam no começo da década de 80, vai virar documentário. O filme “American Hardcore” será lançado no dia 22 de setembro. Uma boa pra quem ainda acha que emo é hardcore. Confira o trailler aqui:



terça-feira, agosto 15, 2006

O Rock Errou

Poço quase sem fundo dos vídeos, o You Tube é quase uma perdição pra quem é fã de música. Garimpar esse site pode fazer o explorador encontrar preciosidades como vídeos raríssimos dos Beatles (e os que não são raros também), dos Mutantes (como os que estão aqui no Vodu É Pra Jacu), clipes da sua banda preferida, trechos de shows e outras pedras preciosíssimas. Algo bem legal também são os vídeos das bandas em situações inusitadas.

O primeiro deles é o dos Los Hermanos sendo entrevistados em Brasília, em que a repórter chama Marcelo Camelo de Marcelo Campelo, a banda racha o bico e dá uma bela aloprada. Confira até o final pois vale a pena:

O outro video é da cantora Bjork. O que será que a repórter perguntou pra ela? Veja só o momento de fúria da islandesa.

Pra terminar, temos uma compilação dos “piores momentos” do Red Hot Chili Peppers. Este vídeo é um pouco mais longo e traz momentos hilários. Note, na primeira parte, que na maioria das vezes o problema é que o guitarrista John Frusciante está viajando. Mas o melhor momento é o em que um cara grandão invade o palco e o vocalista Anthony Kiedis tenta se livrar dele.

segunda-feira, agosto 07, 2006

“Eu Quero É Rock”



Lembra dessa frase no começo do primeiro disco do Raimundos? Pois é, muito tempo se passou desde aquela época e agora, em tempos em que o emocore predomina, eis que a gente consegue descobrir que ainda surgem bandas novas fazendo rock do bão. Mas do bão mesmo. Se o ano de 2006 terminasse agora, dois álbuns estariam no topo da lista dos melhores do ano do Vodu É Pra Jacu. Um deles é Broken Boy Soldiers, disco de estréia da banda The Raconteurs. O grupo, que é mais conhecido como o projeto paralelo de Jack White, superou as expectativas geradas em torno desse álbum. Imagine um White Stripes com baixo, com um batéra bem melhor que a Meg White e ainda por cima com a presença do músico Brendan Benson dividindo a responsa as banda com Jack White. O blues vestido de grunge do White Stripes também aparece nesse trabalho, que mostra também que os caras beberam muito na fonte dos Beatles nessa brincadeira. É um discaço pra ouvir do começo ao fim. Confira aqui o primeiro clipe da banda:

The Raconteurs – Steady As She Goes

O outro disco que por enquanto é top de linha é o do Wolfmother. O trabalho de estréia desta banda nova australiana não foi lançado em 2006, mas só chegou neste ano ao Brasil. Descrever o Wolfmother é muito fácil. É uma banda que basicamente mistura Black Sabbath com Led Zeppelin. Ouça o disco que você vai ver que é exatamente isso, sem tirar nem por. A banda cita como influência também grupos mais novos como Vines e White Stripes. Dá pra perceber em alguns momentos. Este é um daqueles cds que você põe pra rolar, passa um tempo já aumenta o volume e de pouco em pouco vai aumentando cada vez mais o som. Dá pra ouvir um pouco na página da banda no My Space: www.myspace.com/wolfmother

E confira aqui o primeiro clipe da banda, chamado Dimension. È bom pra caralho!!!


terça-feira, agosto 01, 2006

Mike Patton é o cara

Quem pesquisa ou fica procurando músicas feitas por Mike Patton já vê há alguns anos ele falando do Peeping Tom. O ex-vocal do Faith No More sempre falou que este seria seu projeto de música pop. Simplesmente isso. Pra quem tem tantos projetos, não dava pra saber o que se esperar do Peeping Tom. E eis que agora, em 2006, o primeiro álbum desse projeto é lançado. De acordo com explicações do próprio Milke Patton, esse disco demorou tanto pois cada faixa conta com convidados diferentes. Ele fazia a música, mandava pra pessoa em questão que gravava em cima e mandava de volta pra ele. Bom, mas o que interessa é que o álbum está aí e é um dos melhores discos lançados em 2006.

Talvez o pop a que ele se referia neste trabalho está no fato de não ser a barulheira de projetos como o Fantômas. Mas o Peeping Tom também pode ser considerado pesado. Neste caso, por causa das batidas, a maioria delas feita por Djs. Vale destacar que esse projeto tem muita influência de rap e de trip hop de qualidade, graças bastante à presença de Dan The Automator nas gravações. O cara é simplesmente quem criou a sonoridade do primeiro álbum do Gorillaz e foi parceiro de Mike Patton no projeto Lovage, que inclusive, quem não conhece, vale a pena ir atrás pois é muito bom. Voltando ao primeiro álbum do Peeping Tom, vale destacar também as participações de Bebel Gilberto, Norah Jones e, só pra mostrar que a parada não é de brincadeira, do Massive Attack, que contribuiu muito na concepção sonora deste disco.

E, é claro, o Vodu É Pra Jacu solta agora um vídeo do Peeping Tom que estava bem escondido no You Tube, bem escondido mesmo. Note as presenças de Rhazel no beatbox, de Dan The Automator nas programações e do Dub Trio como banda de apoio. Show de bola:

Espetadas do Vodu

O jornalista Lúcio Ribeiro organizou uma lista das atrações gringas que tocam no Brasil neste segundo semestre. Uma ou outra ainda carece de confirmação (estão marcados com asterisco), mas se liga que a banca é forte:


Art Brut (Motomix Art Music, SP – 16/09)
Beastie Boys (TIM Festival, 26 a 29/10)
Brian Jonestown Massacre (Sonora Festival, Curitiba – 02 e 03/09)
Clap Your Hands Say Yeah * (TIM Festival, 26 a 29/10)
Cardigans (Campari Rock: SP – 06/09; Florianópolis - 08/09; BH – 09/09)
CocoRosie (São Paulo, 30 e 31/08; No Ar Coquetel Molotov, Recife, dia 01/09)
Daft Punk (TIM Festival, 26 a 29/10)
Devendra Banhart (TIM Festival, 26 a 29/10)
Dogs (Sonora Festival, Curitiba – 02 e 03/09)
Fiery Furnaces (Sonora Festival, Curitiba – 02 e 03/09)
Franz Ferdinand (Fundição Progresso, Rio – 13/09; Motomix Art Music, SP – 16/09)
Gang Of Four (Campari Rock: SP – 06/09; Florianópolis - 08/09; BH – 09/09)
Gogol Bordello* (TIM Festival, 26 a 29/10)
Goldfrapp* (TIM Festival, 26 a 29/10)
Ladytron (Nokia Trends, SP – novembro)
New Order (Estádio Mineirão, BH - 11/11; Via Funchal, SP – 13 e 14/11; Armazém, Rio – 16/11)
NOFX (Claro Hall, RJ, 29/9; Espaço Barigui, Curitiba,
30/09; Credicard Hall, SP, 1/10; e Pepsi Stage, Porto Alegre, 3/10)
Patti Smith (TIM Festival, 26 a 29/10)
Peter Hook, do New Order, DJ set (Motomix Art Music, SP – 16/09)
Razorlight (Sonora Festival, Curitiba – 02 e 03/09)
Rubin Steiner (No Ar Coquetel Molotov, Recife, dia 2/9)Robbie Williams (Estádio do Flamengo, Rio – 18/10)
Tortoise (No Ar Coquetel Molotov, Recife, dia 2/9. São Paulo em setembro)
Underworld (clube Indústria, SP - 14/11; Creamfields, Rio 18/11)
Violent Femmes (Sonora Festival, Curitiba – 02 e 03/09)
We Are Scientists (Sonora Festival, Curitiba – 02 e 03/09)
Yeah Yeah Yeahs (TIM Festival, 26 a 29/10)