terça-feira, julho 25, 2006

Coisa boa (quase) perdida por aí



Enquanto as poucas gravadoras grandes, multinacionais e tal, seguem agonizando abraçadas rumo ao fim, o cenário independente atinge um tamanho indescritível, devido a quantidade realmente enorme de artistas gravando e lançando, em cd ou apenas na internet, material novo dos mais variados estilos o tempo todo. Mas, infelizmente, pouca coisa salta aos ouvidos como algo realmente bom, aquilo que dá vontade mesmo de põr no som pra rolar. Afinal, ao mesmo tempo em que é muito mais fácil gravar e lançar uma música, o acesso moleza à música do mundo inteiro pelo computador torna a disputa pelos ouvintes muito mais acirrada. E, nesse balaio de gato, é engraçado ver que duas grandes novidades realmente interessantes do rock independepente são bandas novas formadas por figuras já carimbadas em diferentes níveis dentro do mainstream. Uma delas é o SUPERGALO.

Supergalo, resumindo, é um projeto de Alf, Fred e Marquinhos, todos do Raimundos. Ou, pra ser mais claro, o Raimundos sem o Digão. Quem canta é o Alf. O trio faz um rock n' roll de peso inversamente proporcional à categoria leve do boxe que dá nome ao grupo. De cara, lembra Queens Of The Stone Age. Parece ter sido a influência deles na hora de gravar. Por enquanto, o projeto não está tendo muita divulgação e nem se sabe será tocado adiante. Mas ouça que é muito bom. Os sons do Supergalo estão disponíveis na página do grupo no MySpace:

www.myspace.com/supergalo

Outra banda nova bem legal é o ORGÂNICA. O grupo conta na sua formação com o vândalo das baquetas Bacalhau, baterista do Ultraje a Rigor, ex-Rumbora e ex-Little Quail And The Mad Birds, talvez a banda nacional mais legal da década de 90. Só isso já bastaria pra banda ter um bom pedigree, mas ainda falta dizer que a guitarra é comandada por Ortega, do Pavilhão 9, e os vocais ficam por conta da ótima cantora Cândida, que já fez bonito em várias bandas da Bahia. A idéia deles é fazer basicamente rock com muita energia. E bota energia nisso, que dá pra sentir ao ouvir as ótimas quatro músicas do primeiro cd-demo do Orgânica, que merecem um repeat all no player devido ao gosto de quero-mais do cd. Vale prestar também atenção na sonoridade do baixo, que não trabalha somente como uma base para os outros istrumentos. Não espere no Orgânica uma sub-Pitty ou sub-Luxuria. É feito por gente grande e é pra gente grande ouvir também. Ah, e os fãs de Pitty e Luxuria podem ouvir também. E pra quem gosta de PJ Harvey, é um prato cheio. Ouça bem alto:

http://www.tramavirtual.com.br/artista.jsp?id=35568

2 comentários:

Anônimo disse...

bela iniciativa de Marko Panaggiotis lançar o sons do vodu... parabens meu filho, pela iniciativa

Anônimo disse...

todo gozadinho esse eugenio...